Jorge Beltrão Negromonte, condenado por liderar o trio conhecido como os “Canibais de Garanhuns”, tem chamado atenção novamente — desta vez, não por seus crimes, mas por sua atuação como pastor evangélico dentro do sistema prisional.

Em vídeo que voltou a circular nas redes sociais, Jorge aparece pregando em um culto realizado na Penitenciária Barreto Campelo, em Itamaracá (PE), onde era apresentado como “pastor da unidade”.

Jorge, hoje diagnosticado com esquizofrenia, afirma que não deseja deixar o presídio. Ele mesmo recusou a progressão de pena, embora, segundo o advogado, já tenha condições legais para cumprir prisão domiciliar. “Se sair, volto a escutar aquelas vozes. Volto a matar”, declarou Jorge ao advogado e ao corpo de jurados durante julgamento anterior.

Além do risco de uma possível recaída, Jorge teme ser morto fora da prisão. “Ele acredita que, se souberem que é o canibal, será assassinado. Por isso, prefere permanecer onde está”, relatou Martinovich. O advogado disse que não pedirá revisão de pena nem redução de regime, por considerar que o cliente está mais seguro recluso.

A história de conversão de Jorge tem gerado reações de incredulidade nas redes. “Já mandaram esse vídeo dezenas de vezes, achando que é encenação. Mas não é. Lá dentro, ou você escolhe o bem ou o mal”, reforçou o defensor.